Governo injeta R$ 700 milhões

O governo decidiu remanejar R$ 700 milhões do Orçamento de 2008, retirando verbas de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que estão atrasadas e transferindo-as para projetos que estão em ritmo mais veloz de execução.

Essa foi a principal decisão da reunião de ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira, para discutir o orçamento do próximo ano. Lula e Paulo Bernardo ainda aguardam que o Congresso envie ao Planalto a Lei Orçamentária para a sanção presidencial. O mais provável é que o presidente marque para o início do ano novas reuniões, inclusive com a Junta Orçamentária.

O remanejamento que está sendo feito agora, em cima de recursos do Orçamento deste ano, beneficiará obras na área de transporte que não estão no PAC, segundo informou Paulo Bernardo.

– São projetos consistentes, que estão sendo executados e precisam de mais recursos – disse.

Os R$ 700 milhões, porém, estão longe de atender aos pedidos de verbas adicionais.

– Só o Ministério dos Transportes tem pedidos de R$ 1,5 bilhão – disse o ministro.

A idéia é dar um impulso a esses projetos que não são do PAC ainda este ano com as verbas remanejadas. No ano que vem, essas mesmas obras receberão uma nova injeção de dinheiro.

Técnicos dos Transportes de plantão no Planalto

Há pressa para decidir o que fazer com as verbas que estavam "sobrando" no Orçamento de 2008 porque, depois de definida a nova partilha, o dinheiro só poderá ser liberado se for empenhado até dia 31 de dezembro. Técnicos do Ministério dos Transportes estão de plantão para dar destino a todo o dinheiro ainda este ano.

Lula e Bernardo também falaram sobre o Orçamento de 2009. Segundo assessores, o presidente reiterou ao ministro a orientação de preservar os investimentos do PAC e dos programas sociais. O Congresso cortou R$ 4,8 bilhões em verbas de projetos para destiná-las às emendas parlamentares. Parte dessas emendas, porém, não será executada porque a prioridade é "tocar obras" que coincidam com os interesses do Executivo.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8298.
Editoria: Política.
Página: 6.