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Em clima descontraído e informal os deputados catarinenses referendaram, ontem à tarde, o nome de Jorginho Mello (PSDB) para a presidência da Assembleia Legislativa. Mello ficará um ano e o primeiro vice-presidente, Gelson Merísio (DEM) assume o comando em 2010.

A eleição para a presidência e para a Mesa Diretora – o órgão que administra a Casa – lotou as galerias do Parlamento em pleno domingo ensolarado. Centenas de pessoas do Meio-Oeste, região do novo presidente, foram convidadas para a solenidade e trouxeram faixas e cartazes com saudações para Jorginho Mello. Dentro do plenário, os 40 deputados titulares e alguns que estão secretários de Estado não escondiam que o ato era mera formalidade, já que o resultado da eleição era conhecido desde o final do ano passado.

Eleito, Mello subiu à tribuna para um discurso pessoal, emocionado e amargurado. Relembrou a infância difícil onde vendia paçoca, fixador de cabelo e fazia jogo do bicho. Disse que a vitória agora era um resgate da eleição de 2001 que havia vencido mas que "forças" o impediram de assumir o cargo. Naquele ano, disputou a presidência com Onofre Agostini. Em uma tumultuada sessão, ambos fizeram 20 votos, mas Onofre acabou levando. Por várias vezes enalteceu sua persistência.

– Eu lutei por isso. Percebi que se eu quisesse ser presidente deveria fazer algo que a maioria daqui não faz: persistir.

Presidente recebeu 40 votos e mesa diretora 39

O novo presidente foi eleito com 40 votos, mas a mesa diretora – chapa única anunciada pelo ex-presidente Julio Garcia (DEM) recebeu apenas 39. O deputado Genésio Goulart (PMDB) não estava no plenário na segunda votação.

A divisão do mandato entre o tucano e o democrata foi a saída possível para manter a unidade no Parlamento.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11537.
Editoria: Política.
Jornalista: Ana Minosso (ana.minosso@diario.com.br).