Levantamento mostra melhora na execução do PAC

Apesar do atraso no cronograma de muitas obras, o governo conseguiu melhorar a execução orçamentária do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em 2008. Entre os órgãos do governo, os desembolsos chegaram a 60% dos valores orçados para o ano, relação que foi de 27% em 2007. No que se refere aos investimentos das estatais federais, foram gastos perto de 83% do autorizado, ante 78% no ano anterior.

A constatação é de um levantamento preliminar e não-oficial obtido pela Confederação Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Os números oficiais do balanço dos primeiros dois anos do PAC, que é mais amplo, só serão divulgados hoje. Mas em relação aos mesmos indicadores não deverão ser muito diferentes.

O governo pode aproveitar a ocasião para confirmar um aumento das verbas do programa. Originalmente, considerando recursos e obras também a cargo da iniciativa privada, o PAC teria perto de R$ 503,9 bilhões de 2007 a 2010, R$ 67,8 bilhões dos quais do orçamento fiscal e da seguridade social e R$ 300,1 bilhões em investimentos das estatais.

Para 2007, lembra a CBIC, foram orçados para o programa R$ 16,6 bilhões e gastos somente R$ 4,5 bilhões no âmbito fiscal e da seguridade social. Já em 2008, enquanto o orçamento foi de R$ 18,8 bilhões, os desembolsos somaram R$ 11,38 bilhões. Desse total, a maior parcela, cerca de R$ 7,56 bilhões, referem-se a pagamentos de empenhos autorizados e feitos ainda com base no orçamento de 2007.

Já no âmbito das estatais, onde o processo de execução orçamentária é mais simples, os investimentos do PAC somaram R$ 50,6 bilhões em 2008, ante 37,64 bilhões em 2007. Os valores orçados eram de R$ 48,17 bilhões e de R$ 61,06 bilhões.

Veículo: Jornal Valor Econômico.
Editoria: Brasil.
Jornalista: Mônica Izaguirre, de Brasília.