BRASÍLIA – Para uma plateia de prefeitos de todo o país, a ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff pediu ontem que os municípios priorizem as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstas para as prefeituras.
Durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos, em Brasília, a ministra pediu ainda que os administradores municipais contratem para estas obras mão-de-obra local e que aumentem o número de turnos trabalhados para concluir os projetos mais rapidamente.
– Acelerem as obras contratando em mais de um turno, em alguns casos três turnos, e criando um monitoramento das obras em nível municipal – afirmou, repetindo apelo feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira.
De acordo com a ministra, a contratação de trabalhadores da região para as obras do PAC é uma das apostas do governo para combater o desemprego. A ministra voltou a dizer que os recursos para o programa serão garantidos e disse que não existem riscos de restrição de dinheiro para investimento.
– Crise é um problema, mas também uma oportunidade. Por isso que temos que garantir os investimentos do PAC integralmente – ressaltou.
Enquanto Dilma discursava para os prefeitos, Lula disse que receberá de seus ministros até sexta-feira a versão final do pacote de habitação popular por meio do qual o governo construirá 1 milhão de casas populares até 2010. Segundo Lula, o programa também tem o objetivo de incentivar a geração de empregos e combater os efeitos da crise financeira global.
– A primeira proposta não me contentava por que tem muito penduricalho de juros de coisas que nós temos que tirar – afirmou Lula.
De acordo com o presidente, em um primeiro momento, a ideia do governo era construir 200 mil casas. Depois, o projeto passou a ser de 500 mil unidades. Agora, no entanto, a meta é entregar 1 milhão de moradias.
Coube à ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff dar mais detalhes da proposta aos prefeitos. Ela afirmou que a medida beneficiará trabalhadores que recebem de 2 a 10 salários mínimos e envolverá recursos do Orçamento da União, além de uma estrutura para dar suporte ao financiamento.
– Nós iremos dar subsídio a esse pagamento proporcional à renda. Quanto menor a renda, maior o subsídio. Quanto maior a renda, menor o subsídio – afirmou Dilma.
Depois de dividir o palanque do encontro nacional de prefeitos com Dilma, o presidente aproveitará a viagem que fará hoje ao semiárido como laboratório para avaliar, no seu tradicional reduto eleitoral, a performance de sua afilhada.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11548.
Editoria: Política.