BRASÍLIA/BLUMENAU – Com o lançamento de um único pacote, o governo federal quer movimentar a economia, reduzir o déficit habitacional no país e criar empregos. O programa habitacional batizado como Minha Casa, Minha Vida, apresentado ontem, vai injetar R$ 34 bilhões na construção de 1 milhão de moradias para famílias de baixa renda por todo o país 25 mil delas em Santa Catarina. Mas apenas os recursos não bastam. Agora, é preciso enfrentar a burocracia para que o projeto saia do papel no prazo pretendido pelo Planalto.
Para se ter uma ideia do valor do plano, a Caixa Econômica Federal operou nos últimos dois anos com R$ 3 bilhões em subsídios para a habitação. Agora, com o pacote, o banco deve elevar em 150% o volume de recursos cedidos pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ajudar famílias a conquistar a casa própria.
– O programa é novidade, já que a última ação de Estado com vista a acesso da população à casa própria foi feito há cerca de 20 ou 30 anos, com o Banco Nacional de Habitação (BNH) – disse a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Faltam em todo o país cerca de 7,2 milhões de moradias. O maior déficit concentra-se nas regiões metropolitanas, e a estimativa do governo é de que essa defasagem seja reduzida em 14% com o programa.
Déficit de residências em Santa Catarina é de 200 mil
Em Santa Catarina, serão construídas 25 mil moradias. Contudo, as operações financeiras do pacote habitacional só serão desenvolvidas a partir de 13 de abril. O vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Valter Ros, avalia que, o percentual para a região Sul é insuficiente.
– Dez por cento da população catarinense não tem casa própria. Infelizmente, 12% de R$ 34 bilhões para o Sul, é muito pouco. O déficit de residências é de 200 mil em Santa Catarina – avalia Ros, que já presidiu o Sindicato da Indústria da Construção de Blumenau (Sinduscon).
Como se cadastrar no programa (ANEXO)
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11584.
Editoria: Economia.