A perda de receita agrava de forma dramática a situação das prefeituras do Vale do Itajaí, em especial, Blumenau e Itajaí, punidas com o não repasse integral dos recursos prometidos pelos governos.
O deputado Paulo Bornhausen (DEM) falou com Luiz Henrique e sugeriu que o governador solicitasse audiência emergencial com Lula e com a ministra Dilma Rousseff, para inteirá-los da burocracia que retarda as verbas prometidas e a paralisação das duas dragas em Itajaí.
Na reunião do Fórum Parlamentar, a senadora Ideli Salvatti (PT) revelou que foram empenhados e liberados mais de R$ 45 milhões, à disposição do governo estadual desde dezembro. Na coluna de recursos liberados constam R$ 17 milhões. E a liberar, outros R$ 13 milhões. O problema seria com o Estado.
A notícia de que o Ministério da Integração encontrou solução jurídica para evitar licitação nas obras de reconstrução foi recebida com entusiasmo pelos petistas e com algum ceticismo pelos prefeitos. O secretário da Saúde, Dado Cherem (PSDB), vai hoje a Brusque para liberar mais R$ 6,1 milhões às prefeituras da região atingida pela tragédia. Até agora, o Estado repassou R$ 34 milhões a 100 prefeituras.
Problema grave continua em Itajaí. As duas dragas permanecem paradas. O superintendente do Porto, Antônio Ayres passou o dia em Brasília. Ideli Salvatti monitora este entrave do processo de pagamento da primeira parcela. A novela é trágica se não fosse cômica. A Secretaria Especial de Portos alegou que não efetuou o pagamento porque a proprietária da duas dragas não tem CNPJ. A saber como o governo assinou contrato milionário com uma empresa que não tinha registro comercial.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11591.
Coluna: Moacir Pereira.