Plano para a formação dos professores

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, ontem, o Plano Nacional de Formação dos Professores, um pacote de medidas para reformar a carreira do magistério. A ideia é qualificar os que já estão em exercício e tornar mais rigoroso o ingresso dos futuros docentes.

Pela proposta, serão criadas 330 mil vagas em 90 universidades públicas de 21 estados para professores sem a formação legal ou graduados em áreas diferentes daquelas em que atuam. O governo deve investir R$1 bilhão para colocar o plano em prática.

Pelo censo da educação básica de 2007, feito por instituto ligado ao Ministério da Educação, do 1,8 milhão de professores de 5ª a 8ª séries do país, 26,6% não têm a habilitação legal exigida para dar aulas nesse nível, que é diploma de ensino superior com licenciatura.

Do total de docentes desse nível, 21,3% não têm nenhuma graduação e 5,3% têm diploma superior, mas sem a licenciatura. Para o presidente Lula, as medidas vão tornar as escolas públicas mais atrativas.

– É muito difícil recuperar o exército de professores que foram maltratados lá atrás, é mais difícil do que pegar adolescentes, hoje, e formá-los professores. Mas o dado concreto é que precisamos caminhar para que as escolas públicas sejam de tamanha qualidade que a disputa das mães e dos pais seja para colocá-los em escolas públicas e não ocorra as fugas para escolas privadas como aconteceu nas décadas de 1970, 1980 e 1990 – disse Lula.

Serão anunciadas novas regras para a graduação em pedagogia em instituições privadas e federais (as estaduais e municipais não estão sob jurisdição do MEC). Os cursos terão de usar 70% da carga horária para a formação de professores.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8450.
Editoria: Geral.
Página: 31.