Talvez ainda seja prematuro associar as catástrofes naturais que assolaram SC, em novembro de 2008, às estiagens que atingem o Oeste do Estado.
Mas os especialistas em meio ambiente alertam para os rumos incertos que as mudanças climáticas podem provocar. Na contramão, o número de crimes ambientais continua crescendo.
Um relatório recente do Ministério Público aponta um aumento de 8,9% das ações referentes ao meio ambiente em 2008 em relação a 2007.
De acordo com o documento, as ocorrências saltaram de 1.415 para 1.541. Já as ações civis públicas tiveram um incremento de 26%. Motivos estes que não fazem do Dia Mundial do Meio Ambiente um motivo para comemoração hoje.
O Promotor de Justiça e Coordenador-geral do Centro de Apoio Operacional do Ministério Público de Santa Catarina, Luiz Eduardo Souto, explica que o corte de vegetação de mata ciliar, aquela que fica às margens dos rios, é a campeã entre as ações criminais.
– Exatamente o crime que esta parcialmente descaracterizado pelo Código Ambiental – menciona.
Para o presidente da Fatma, Murilo Flores, a questão ambiental é o maior problema do Estado, sendo a contaminação das águas pela suinocultura, na região Oeste, e pela falta de coleta e tratamento de esgoto, o principal motivo de preocupação.
No último relatório de balneabilidade, foram detectados 48 pontos impróprios dos 193 analisados em Santa Catarina. Na Capital, são 15, do total de 63.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8457.
Editoria: Geral.
Página: 25.
Jornalistas: Lilian Simioni e Nanda Gobbi.