No Belchior, quedas de barreiras e falta d’água ainda são constantes

No Bairro Belchior, o mais atingido pela catástrofe em Gaspar, os acessos ao Bairro Arraial, a Luís Alves e ao Morro do Baú, em Ilhota, obstruídos por quedas de barreiras, foram abertos. No entanto, a cada chuva forte novos deslizamentos são registrados nas encostas das estradas, principalmente na localidade do Vale da Fumaça. Os novos desmoronamentos não chegam a atrapalhar a passagem de veículos ou comprometer a segurança dos moradores, mas o barro que desce dos morros deixa ruas sujas e empoeiradas em dias de sol forte.

– Um geólogo nos alertou que, em regiões íngremes, onde a terra ainda está muito fofa, as quedas de barreiras continuarão e o trabalho de manutenção das ruas terá de ser contínuo – explica o chefe de Gabinete da prefeitura, Doraci Vanz.

Segundo Vanz, foram investidos R$ 2 milhões na reconstrução do bairro, entre recursos próprios e do governo federal, na remoção de barreiras, desassoreamento dos ribeirões e melhoria da tubulação. Apenas na semana passada o município conseguiu regularizar o abastecimento de água em 100% do bairro. A Estação de Tratamento de Água que abastecia o Belchior foi destruída pela catástrofe e substituída por poços artesianos.

No texto da reforma administrativa que o município enviará ainda este ano à Câmara de Vereadores para apreciação, está prevista a criação de uma Superintendência do Belchior. A mudança é uma tentativa de melhorar o atendimento das necessidades dos moradores do bairro, em áreas como manutenção de ruas e pagamento de tributos.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11688.
Editoria: Geral.
Página: 14.
Jornalista: Daiane Costa (daiane.costa@santa.com.br).