Não é uma tendência

É com cautela que a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina encara as estatísticas de queda na quantidade de casos mais graves e pacientes hospitalizados devido à gripe A. Em termos de saúde pública, a diretoria considera que os números até agora são insuficientes para caracterizar uma tendência. A expectativa do diretor, Luis Antonio Silva, é de redução ou estabilidade nos dados.

Conforme Silva, a projeção é de que até o fim de agosto o Estado viva o pico da doença. Assim, somente no início de setembro é que a tendência poderá ser mais consistente.

Apesar da cautela, os números dos últimos dias confirmam a expectativa de redução ou estabilidade nos casos. Conforme os dados da Vigilância, as internações de pacientes por conta da gripe A em Santa Catarina na sexta-feira atingiram 560. Segunda e terça-feira, o número caiu para 530 pacientes hospitalizados.

– Nos últimos três dias o sinal que temos é que haja uma estabilidade. Mas é uma sinalização que pode ser pontual. Do ponto de vista epidemiológico não há nenhum subsídio que me garanta que isso seja um sinal de estabilidade nos casos de gripe A – avalia Silva.

Quantidade de pacientes na UTI varia diariamente

Já no caso de pacientes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), os números variam diariamente para mais ou para menos. Na terça-feira, eram 75 doentes nesta condição, sendo que a média de mantinha em 65 no Estado. Por outro lado, um dado preliminar aponta que no Hospital Celso Ramos, na Capital, de oito pacientes na UTI na última semana, três tiveram alta – dois, inclusive, precisaram de ventilação mecânica no tratamento.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8534.
Editoria: Reportagem Especial.
Página: 4.
Jornalista: Liliani Simioni (liliani.simioni@diario.com.br).