Principal medicamento disponível para o tratamento da gripe A, o Tamiflu (oseltamivir) é administrado sem consenso no mundo. Enquanto no Brasil a distribuição é centralizada pelo Ministério da Saúde, países como México e Estados Unidos autorizam a venda em farmácias mediante a apresentação de receita médica.
Foco inicial da doença, o México não estatizou a distribuição, mas estabeleceu um sistema de controle para evitar o uso indiscriminado dos antivirais oseltamivir (Tamiflu) e zanamivir (Relenza).
Para comprar os remédios, é preciso apresentar receita médica. O documento permanece retido na farmácia, que depois precisará prestar contas da venda do medicamento à Secretaria de Saúde.
De todas as políticas existentes com relação ao tratamento da nova gripe, a apresentada pelo Departamento de Saúde da Grã-Bretanha é uma das mais liberais. O governo britânico criou o National Pandemic Flu Service (Serviço Nacional Gripe Pandêmica). Além de uma página na internet com orientações, há um atendimento por telefone – um sistema de 0800 por meio do qual o cidadão faz o diagnóstico da doença em uma conversa por telefone com um clínico.
A realidade do Brasil é muito diferente. O remédio não está mais disponível nas farmácias porque o governo comprou toda a produção para distribuição. No país, conforme os protocolos do Ministério da Saúde e da Secretária Estadual da Saúde, o Tamiflu é indicado para uma série de grupos de risco. O médico tem, também, margem para receitar o medicamento a pacientes que não estejam nos grupos de risco.
Como é a distribuição do remédio (anexo)
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8535.
Editoria: Reportagem Especial.
Página: 5.
Jornalista: Gisele Loeblein.