Testes começam em 10 dias, avisa Lacen

O Laboratório Central (Lacen) de Santa Catarina vai instalar hoje o PCR Real Timer, aparelho com o qual fará os exames de gripe A no Estado.

Atualmente, o material é enviado à Fiocruz, no Rio de Janeiro. O resultado leva até 20 dias para chegar ao Estado. No Lacen, localizado em Florianópolis, os exames devem ficar prontos em até 72 horas.

Em Santa Catarina, segundo o boletim mais recente da Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica, divulgado na sexta-feira, há 3.565 casos da doença sob investigação. Vinte mortes já foram confirmadas.

Apesar da instalação do equipamento, os exames podem demorar mais do que o previsto. No dia 25 de agosto, o diretor do Lacen, João Daniel Filho, disse que as análises começariam até o fim desta semana. Ontem, avisou que serão iniciadas dentro de 10 dias.

Para o prazo ser cumprido, é necessário ajustar outros equipamentos – como cabines de segurança biológica – e afinar a chamada validação do método. O procedimento consiste em fazer exames de amostras com resultados conhecidos para se ter certeza de que o método aplicado não possui erros. A validação será feita a partir de amanhã, segundo João Daniel.

O PCR Real Timer, que chegou ao Estado na semana passada, permite que os bioquímicos analisem o material coletado dos doentes (secreção nasal) para apurar se têm ou não gripe A (detalhes na arte ao lado).

A sala que abrigará o equipamento foi desinfetada ontem. Outro PRC Real Timer deve chegar ao Estado até o fim do mês. De acordo com o diretor do Lacen, os exames não serão condicionados à chegada do segundo aparelho. Ele servirá para ampliar o atendimento.

Nesta semana, a previsão é que os dois bioquímicos que foram treinados na Fiocruz repassem o que aprenderam a dois colegas e quatro técnicos em laboratório que também participarão do processo. A intenção é que o Lacen faça cerca de 40 exames por dia, logo que a estrutura estiver montada. O material coletado de todas as pessoas com suspeita de gripe A será enviado a Florianópolis.

– Com a chegada do segundo PCR e a consequente agilidade dos profissionais, vamos chegar a realizar de 80 a cem exames diários. Antes disso, existirá uma fase de adaptação, que é mais lenta – prevê João Daniel.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8548.
Editoria: Geral.
Página: 23.
Jornalista: Mariana Ortiga (mariana.ortiga@diario.com.br).