A ONG Transparência Internacional divulgou, ontem, seu relatório anual de percepção de corrupção no mundo.
O ranking reúne 180 países, classificados em um índice de 0 a 10, calculado a partir de pesquisas de 13 organizações.
O Brasil, que em 2008 ficou na 80ª posição, foi classificado em 75º lugar, com índice 3,7. A nota mais alta no ranking deste ano foi conferida à Nova Zelândia (9,4) e a mais baixa à Somália (1,1). Nas Américas, o Canadá foi o mais bem colocado, seguido pelos Estados Unidos, enquanto o Haiti manteve a última colocação.
A ONG chamou a atenção para os efeitos da crise financeira internacional, dos pacotes bilionários de ajuda dos governos para reativar as economias e dos conflitos armados sobre as práticas ilegais com recursos públicos.
– Em uma época em que enormes pacotes de estímulo, rápidos desembolsos de fundos públicos e tentativas de garantir a paz estão sendo implementados em todo o mundo, é essencial identificar onde a corrupção bloqueia a boa governança e prestação de contas, para que se quebre seu ciclo corrosivo – disse Huguette Labelle, presidente da Transparência Internacional.
A colaboração internacional contra a corrupção também é destacada no relatório, que elogia medidas de restrição a paraísos ficais empreendidas neste ano pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
– O dinheiro da corrupção não deve encontrar um refúgio seguro. É tempo de pôr fim às desculpas – disse Labelle, segundo a ONG.
Corruptograma |
1º N. Zelândia (9,4) |
2º Dinamarca (9,3) |
3º Cingapura (9,2) |
3º Suécia (9,2) |
5º Suíça (9,0) |
25º Chile (6,7) |
25º Uruguai (6,7) |
75º Brasil (3,7) |
75º Colômbia (3,7) |
180º Somália (1,1) |
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8627.
Editoria: Política.
Página: 8.