Mesa redonda debate prevenção a desastres

GASPAR – Como minimizar os impactos ambientais e preparar as cidades para lidar com fenômenos climáticos? Um ano depois da tragédia que assolou o Vale do Itajaí, as perguntas ainda desafiam governantes e especialistas. Um debate promovido ontem pela Fundação Bunge, Canal Futura e FurbTV, reuniu o responsável pela área de Prevenção de Riscos da Secretaria de Programas Urbanos do Ministério das Cidades, Thiago Galvão, o vice-governador de Santa Catarina, Leonel Pavan, o geólogo e professor da Furb Juarês Aumond e o meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), José Marengo. Durante uma hora, eles discutiram formas de prevenção e como dar suporte aos moradores em situações de catástrofe ambiental.

– Eventos climáticos serão cada vez mais frequentes. Temos de zonear as áreas de risco e treinar as pessoas para essas situações – definiu o professor Aumond.

No estúdio ao ar livre montado no Centro de Divulgação Ambiental e Lazer da Bunge, em Gaspar, os convidados responderam a perguntas da plateia, formada por autoridades e lideranças comunitárias.

– Boa parte das nossas cidades não se mostra preparada para ações de prevenção. Ocupações de áreas de risco são fruto da urbanização acelerada – explicou Galvão.

O debate faz parte do programa Conhecer para Sustentar: Vale do Itajaí, lançado pela Fundação Bunge com o objetivo de compreender as questões relacionadas às fortes chuvas que atingiram o Estado, em novembro de 2008. Ele está dividido em três etapas: a elaboração de projeto urbanístico para o terreno onde serão construídas 115 casas para os desabrigados, na Margem Esquerda; ações de disseminação de conhecimento; e entrega da obra de reconstrução da Escola Angélica Costa, no Sertão Verde. A segunda fase contempla ainda, além do debate de ontem, lançamento de livro e de documentário sobre o tema.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11787.
Editoria: Geral.
Página: 11.