SÃO PAULO – O movimento Todos Pela Educação apresentou ontem o relatório De Olho nas Metas 2009, que apresenta o acompanhamento das projeções estabelecidas para o monitoramento da Educação pública. Os resultados alertam que, para o país chegar a 2022 com um ensino de qualidade para todos, é preciso ampliar os esforços para garantir o atendimento escolar e a conclusão da Educação Básica na idade adequada.
Para monitorar se a evolução da Educação está ocorrendo no ritmo necessário, o Todos Pela Educação definiu projeções intermediárias, que dão subsídios à sociedade civil e aos gestores públicos para avaliarem se as políticas públicas implementadas estão na direção correta para que as cinco metas sejam efetivamente alcançadas até 2022.
– O primeiro relatório, lançado em dezembro de 2008, já revelava que os avanços conquistados eram tímidos diante dos desafios que o país tem pela frente – avalia Mozart Neves Ramos, presidente executivo do movimento.
A segunda edição do De Olho nas Metas traz o acompanhamento das Metas 1 e 4, que é feito anualmente com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. Os próximos resultados serão divulgados em 2010.
Segundo o relatório, o país não alcançou o patamar esperado de atendimento escolar para a faixa etária de 4 a 17 anos. A meta era chegar a 91,9% em 2008, entretanto o percentual de alunos nessa faixa etária que frequentam a escola foi de 91,4%. Entre os estados, apenas a Bahia superou as metas intermediárias estabelecidas para 2008. Alagoas, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás ficaram abaixo da estimativa para o período. Os demais estados e o Distrito Federal alcançaram resultados dentro do intervalo de confiança, o que indica que, estatisticamente, não existe diferença entre a meta intermediária proposta e o resultado encontrado em 2008.
As metas (anexo)
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 11807.
Editoria: Geral.
Página: 15.