O projeto "Clima Sul", da Furb, integra lista dos selecionados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia para a implantação de um Centro Nacional de Mudanças Climáticas e Desastres Naturais. A proposta da universidade foi selecionada pelo ministério entre os projetos de infraestrutura de redes de meteorologia com foco em mudanças climáticas e fenômenos extremos.
De acordo com dados do ministério, a universidade deve receber pouco mais de R$ 1,5 milhão para executar o programa. Adilson Pinheiro, coordenador do "Clima Sul", explica que o projeto consiste na análise de mudanças climáticas e os efeitos sobre a evolução da agropecuária e dos recursos hídricos de todo o Sul do País. Com isso, segundo o coordenador, é possível apontar quais cenários serão apresentados em função das mudanças.
Segundo Pinheiro, o projeto conta com o apoio das universidades federais de Santa Maria, do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina, além da Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS), Epagri e Iapar (PR). Os trabalhos serão coordenados pela Furb, que vai monitorar os registros históricos para saber como se comportam os fenômenos, além do uso de modelos utilizados pela ONU na previsão de mudanças climáticas.
Além da Furb, outra universidade catarinense foi selecionada: a UFSC, que deve receber pouco mais de R$ 767 mil para investir no programa. A escolha dos projetos catarinenses veio à tona depois da reunião da senadora Ideli Salvatti (PT), que preside a Comissão Mista Permanente de Mudanças Climáticas, com o ministro Sérgio Rezende, nesta semana, para discutir a implantação de um centro.
Conforme o ministro, já está em andamento a implantação do Conselho Diretor da Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais, conhecido como Rede-Clima. O objetivo é gerar e disseminar conhecimento e tecnologia para que o Brasil possa responder às demandas e desafios provocados pelos chamados "fenômenos extremos".
Destinação de emendas
A senadora, que também é líder do Governo no Congresso, pretende trabalhar para que as bancadas parlamentares de todos os estados destinem emendas para o ministério, para viabilizar a criação do centro. "Queremos que o ministério tenha recursos para formar uma verdadeira rede de prevenção e estudos das mudanças climáticas. Para isso, o Legislativo tem que dar sua contribuição", pontua.
Veículo: Jornal Folha de Blumenau.
Edição: 315.
Editoria: Política.
Página: 5.