O que já era lento vai demorar mais

Considerada importante para evitar mortes e acelerar o desenvolvimento do Vale do Itajaí, a duplicação da BR-470 entre Indaial e Navegantes ainda não tem data definida para começar.

A conclusão do projeto executivo e do estudo de impacto ambiental da rodovia, prevista para o mês de junho, foi adiada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para até o final do ano.

Os dois documentos são necessários para abrir o processo de licitação – para contratar a empresa que executará a obra. Este é o segundo adiamento neste ano. A previsão inicial era de que os dois projetos ficassem prontos em abril.

O Dnit informou que, para a conclusão do projeto executivo, falta fazer um "projeto básico" – que detalha as modificações estruturais e o tipo de trabalho a ser empregado em cada trecho da rodovia.

Lideranças da cidade criticam a lentidão

A primeira etapa do documento foi concluída em maio. Conhecida como plano funcional, define a concepção geral da obra, como o traçado, viadutos e passagens inferiores, localização de vias laterais, entre outros.

O Dnit não detalhou o que ainda falta para a concluir o estudo de impacto ambiental.

Os atrasos irritam representantes de entidades de Blumenau.

– Isso gera um impacto danoso à economia. Ter a BR-470 neste estado é lamentável. A duplicação é a esperança para voltarmos a ter competitividade – diz André Armin Odebrecht, presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade.

– Mais uma surpresa negativa, que evidencia o descrédito das autoridades com a nossa região. Sem essa obra, o crescimento da cidade estará comprometido – avalia Paulo Cesar Lopes, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Blumenau.

As etapas

Ainda faltam

Projeto executivo

– Início: abril de 2009

– Últimas previsões: abril de 2010 e junho de 2010

– Novo prazo: final de 2010

– Custo: R$ 2,8 milhões

– O que é: projeto de engenharia que dá forma à obra da duplicação. Dele deve constar o levantamento do que será necessário para a pista extra, como o número de trabalhadores e máquinas. Também vai estimar o orçamento e o tempo de execução.

Estudo de impacto ambiental

– Início: abril de 2009

– Últimas previsões: abril de 2010 e junho de 2010

– Novo prazo: final de 2010

– Custo: R$ 1,2 milhão

– O que é: elaborado para que o Dnit consiga a licença do Ibama. Depois de analisados todos os pontos, aponta soluções para amenizar os possíveis impactos ao meio ambiente.

Está pronto

Estudo de Viabilidade

– Última previsão: dezembro

– Situação: concluído

– Custo: R$ 364 mil

– O que é: além de definir a necessidade da obra para a região, serve para apontar os problemas que os trabalhos poderão sofrer por causa do ambiente e aponta soluções para isso. Também estuda pontos como o tráfego e topografia do terreno por onde passará a pista.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8859.
Editoria: Geral.
Página: 27.