Durante toda a semana, Maria Regina Oliveira e Silva, 48 anos, e a filha, Ivy, 18 anos, sentaram-se lado a lado, em uma sala da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Elas participaram do treinamento oferecido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aos recenseadores que irão trabalhar no Censo 2010, que começa oficialmente amanhã.
Maria Regina é dona de casa. Viu no concurso nacional do IBGE para recenseadores uma chance de reforçar o orçamento familiar e, principalmente, ingressar no mercado de trabalho.
– Vou virar concurseira. Ainda farei muito, até arranjar um bom emprego – planeja.
A filha, Ivy, faz o curso de técnica em edificações. O trabalho como recenseadora será o primeiro. Também quer fazer concurso, mais tarde, para ter estabilidade profissional. Resolveu participar da seleção para o Censo porque gosta de lidar com pessoas, quer ter novas experiências e ganhar algum dinheiro.
– O melhor é que o horário dos recenseadores é bem flexível, dá para trabalhar e estudar ao mesmo tempo – comenta Ivy.
Wagner Saldanha, 21 anos, estudante de Psicologia na UFSC, também destaca a flexibilidade de horários como um incentivo para os pesquisadores do Censo.
Durante a semana, os 191.972 recenseadores que irão visitar todos os domicílios brasileiros receberam treinamentos teóricos e práticos. Wagner Saldanha achou fácil utilizar os computadores de mão, onde serão armazenados os dados dos questionários.
– É muito mais prático usar o computador do que sair às ruas com pranchetas e milhares de questionários impressos em papel. O trabalho ficará mais ágil, principalmente na hora de tabular os dados – ressalta o jovem recenseador.
Fábio Sanson, coordenador da subárea de Florianópolis no Censo 2010, explica que, apesar de o censo começar oficialmente amanhã, os recenseadores vão a campo na segunda-feira. O primeiro catarinense a ser entrevistado será o governador Leonel Pavan, que dará início à pesquisa às 14h.
Durante cerca de três meses, os profissionais visitarão todos os domicílios do Estado. Sanson alerta que os pesquisadores poderão ser identificados por documento de identidade (com nome e foto), pelo computador de mão (PDA) e por meio de seu uniforme (colete e boné do Censo 2010).
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No Brasil
8.514.876,599 km2 a serem percorridos
5.565 municípios a serem pesquisados
191.480.630 população (estimativa de 2009)
58 milhões de domicílios a serem visitados
R$ 1,4 bilhão em investimentos
191.972 recenseadores
33.012 agentes censitários
332 analistas censitários
220 mil computadores de mão com GPS
l 7 mil postos de coleta
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Em Santa Catarina
293 municípios a serem pesquisados
95.346,181 km2 a serem percorridos
6.118.743 população (estimativa de 2009)
2 milhões de domicílios a serem recenseados
6.739 recenseadores, sendo que destes:
56,58% são mulheres e 43,42% são homens
40,38% têm entre 18 e 25 anos
Nove têm mais de 70 anos
12.165 mil setores censitários, sendo que destes:
9.626 setores censitários urbanos
2.539 setores censitários rurais
813 supervisores
319 agentes censitários
7 mil computadores de mão com GPS
Todos os dados recolhidos pelos recenseadores com seus computadores de mão (PDAs) serão descarregados nos 319 postos de coleta que estão sendo instalados no Estado.
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Em Florianópolis
433 km2 percorridos
408.161 população (estimativa de 2009)
120.321 domicílios (estimativa de 2007)
572 setores censitários urbanos
45 setores censitários rurais
508 pessoas envolvidas
450 recenseadores
52 supervisores
6 agentes censitários municipais
6 postos de coleta
450 computadores de mão com GPS
Mais do censo (anexo 335)
Personal Digital Assistant (PDA) (anexo 336)
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8883.
Editoria: Geral.
Página: 4.
Jornalista: Viviane Bevilacqua (viviane.bevilacqua@diario.com.br).