Aumenta desnível no solo

POMERODE – O desnível do morro da Rua Mato Grosso, no Centro, atingiu os 5,7 metros, conforme laudo parcial feito por especialistas do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped) da Universidade Federal de Santa Catarina e divulgado ontem. A cada dia, a terra cede de 20 a 30 centímetros. A previsão da Defesa Civil é de que a diferença chegue a 12 metros, no morro de aproximadamente 30 metros de altura.

A situação é acompanhada há um mês. Devido à instabilidade do solo, uma casa foi danificada por rachaduras. Os moradores foram retirados do lugar e recebem ajuda da Assistência Social.

A preocupação da Defesa Civil é com relação à chuva. Se chover, a água pode acelerar o processo de deslizamento e comprometer empresa e residências no início da rua.

– Já montamos um plano de emergência para esta situação. Os moradores também receberam orientações. Nossa preocupação é garantir segurança para as pessoas que estão lá – explica o coordenador da Defesa Civil, Ademar Marquardt.

Para tentar conter o desnível, a Defesa Civil adotou alguns procedimentos, como o fechamento das rachaduras na parte superior, instalação de calhas para desviar a água da chuva e drenagem da água que surgiu na base do morro. A área continuará a ser monitorada.

Técnicos do Ceped permanecem na cidade esta semana para vistoriar outros seis locais, atingidos pela catástrofe de 2008. O laudo final deve ser divulgado em 15 dias.

A movimentação da terra é atribuída a fatores como cortes na estrutura do morro e à tragédia de 2008, que teria acelerado o processo de desestabilização do lugar. Um aterro que teria sido feito na região também pode ter contribuído para o problema.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12046.
Editoria: Geral.
Página: 15.