Organizações da sociedade civil e entidades da área da educação lançaram, ontem, uma carta-compromisso que será entregue aos candidatos a presidente e a outros cargos eletivos.
O documento reúne algumas metas estabelecidas para o próximo governante cumprir e melhorar a qualidade da educação. Entre elas, está investir um mínimo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área até 2014. Hoje o país investe em torno de 4,7% do PIB, segundo o Ministério da Educação (MEC).
A carta é assinada por 26 entidades e reúne sete desafios prioritários, com destaque para a erradicação do analfabetismo, a ampliação das matrículas no ensino superior e profissionalizante e, ainda, a universalização do atendimento em creches para crianças até três anos de idade.
– O nível de escolaridade da população brasileira é baixo e desigual. A luta por uma sociedade com muito mais justiça e igualdade exige a mobilização de toda a sociedade brasileira – afirmou o presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Antonio Carlos Ronca.
O documento recomenda, também, a institucionalização do Sistema Nacional de Educação. Ele seria a forma de garantir um regime colaborativo entre a União, os estados e municípios para oferecer uma educação de qualidade e integrada.
– Não basta dizer que tem compromisso com a educação, isso é fácil fazer, nós precisamos de propostas bem concretas, que permitam que o país dê esse salto imediato e qualitativo na área da educação – avaliou o representante da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil, Vincent Defourny.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8915.
Editoria: Política.
Página: 8.