As maiores cidades do Estado são as mais difíceis para os recenseadores completarem a contagem da população. O chefe da unidade do IBGE em SC, Maurício Batista, revela que nos grandes municípios são onde os moradores menos ficam em casa, sendo mais complicado de ser encontrados.
Em Florianópolis, faltam 10 mil domicílios para serem recenseados. Batista conta que na Capital muitas pessoas moram sozinhas ou com apenas um colega ou companheiro. Além disso, trabalham o dia inteiro e estudam à noite.
– Fica quase impossível o recenseador coletar os dados – diz o chefe do IBGE/SC.
Outra dificuldade são os condomínios de alto padrão. Segundo Batista, as pessoas com maior poder aquisitivo são mais desinteressadas e ainda desconfiadas com a questão de segurança.
Dos 293 municípios, apenas dois estão com a pesquisa finalizada. Mas, em 204 cidades os recenseadores já encerraram suas rotas de coleta e tem até o dia 31 de outubro para tentar entrevistar os moradores ainda não encontrados.
– As pessoas reclamam de falta de polícias públicas, mas não atendem os recenseadores. Elas precisam entender que os dados do Censo são utilizados como base para os projetos de governo – explica.
Até a próxima semana, quem não foi recenseado pode ir até um dos postos do IBGE ou ligar para 08007218181 e agendar uma visita. De acordo com Batista, os pesquisadores vão até o interessado, seja em casa ou no trabalho.
Os números (anexo)
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8964.
Editoria: Geral.
Página: 26.
Jornalista: Roberta Kremer (roberta.kremer@diario.com.br).