Em três meses de visitas a domicílios, os recenseadores do IBGE encontraram 185.712.713 pessoas residindo no país. O número representa um acréscimo de 9,4% em relação às 169.799.170 contabilizadas no censo de 2000, mas ficou abaixo da estimativa populacional calculada em 2009, que foi de 191.480.630.
Levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios indica que 329 cidades (5,9% do total) terão sua parcela no Fundo de Participação dos Municípios reduzida. Outros 290 (5,4%) passarão a ganhar mais. O Amazonas é o Estado com maior número de municípios prejudicados (23%), e o Pará, o com maior número de beneficiados (25,4%).
Demógrafos avaliam que, mesmo com a tentativa do IBGE de insistir nas buscas pelos moradores que não responderam à pesquisa, a população deverá ser menor do que a estimada pelo instituto no ano passado. Na avaliação de Suzana Cavenaghi, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas, isso ocorre pela própria natureza da pesquisa, que considera apenas as informações colhidas nas entrevistas.
– Nenhum Censo do mundo consegue ter uma cobertura de 100%. Mas alguns países optam por fazer uma estimativa dos dados dos domicílios que não foram cobertos, o que o IBGE não faz.
Já o pesquisador Wilson Fusco, da Fundação Joaquim Nabuco, diz que os resultados podem indicar que a taxa de fecundidade, estimada em 1,9 filho por mulher, pode estar abaixo disso. Ele também ressalta que o IBGE tende a ser conservador nas estimativas, já que um número menor de habitantes significa menos recursos para os municípios.
Resultados e variações do censo do IBGE (anexo).
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 8981.
Editoria: Geral.
Página: 22.
Jornalista: Angela Bastos (angela.bastos@diario.com.br).