A taxa de mortalidade infantil diminuiu quase um terço na última década em Santa Catarina. O número faz parte do folheto com os Indicadores e Dados Básicos para a Saúde no Estado (IDB/SC) divulgado ontem, na Capital, durante a 6ª Oficina de Trabalho Interagencial.
O risco de morrer antes de completar um ano de vida em SC passou de 15,7 para cada mil nascidos vivos, em 2000, para 11,2 no ano passado. A maior redução ocorreu no Planalto Norte, com quase 55% de queda no período analisado. A região deixou de ocupar a vice-liderança em mortalidade infantil para ser a segunda com menos registros de mortos entre os nascidos vivos, ficando atrás da Grande Florianópolis.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Roberto Hess de Souza, SC hoje é um exemplo nacional em saúde pública, "resultado das ações desenvolvidas em equipes de forma profissional, técnica e apaixonada". Ele destaca o programa Saúde da Família, presente nos 293 municípios catarinenses, e a abertura de leitos de UTI neo-natais em várias regiões do Estado.
Relatório serve de base para programas e ações
O levantamento segue a metodologia da Rede Interagencial de Informações para a Saúde (Ripsa) instituída nacionalmente em 1996, em conjunto com Ministério da Saúde, Organização Panamericana de Saúde (Opas), instituições de ensino e pesquisa, e associações científicas e de classes. Os resultados são usados por organizações como a Unesco do Brasil e a Organização Mundial de Saúde (OMS) e servem como índice para definir ações e estratégias nos municípios. O objetivo é aperfeiçoar a produção, a análise e a disseminação de informações relacionadas às questões no país.
Segundo a médica Ana Luiza Curi, secretária técnica da Ripsa no Estado, o IDB permite a uniformização dos cálculos e a comparação de dados. Em 2007, começou o projeto Ripsa em Santa Catarina.
Além de SC, fazem parte da iniciativa Mato Grosso do Sul, Bahia, Tocantins e Minas Gerais. Este ano, estão sendo divulgadas pela primeira vez no folheto no IDB os resultados mais detalhados dos cinco participantes, com dados por regiões. Os demais estados brasileiros possuem apenas os números totais de cada questão. O folheto mostra ainda outros índices da população.
A queda (anexo)
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9009.
Editoria: Geral.
Página: 21.
Jornalista: Melissa Bulegon (melissa.bulegon@diario.com.br).