Encontrar pessoas hospitaleiras, outras nem tão amigáveis assim. Observar paisagens deslumbrantes, mas também ver muito lixo espalhado. Ser acolhido para dormir em um confortável quarto em uma noite e, na outra, ter apenas uma barraca para se proteger do frio e da chuva. E, acima de tudo, fazer amizades e conhecer histórias de vida. Estes são alguns dos momentos, desafios e recompensas que estão no caminho de um cicloturista, o ciclista que percorre longas distâncias, levando na bagagem apenas o essencial e uma determinação ferrenha. Vale desde fazer uma viagem curta, de apenas um dia, até passar vários meses fora de casa, na estrada, como o caso do aventureiro blumenauense Tarciso Tomaselli, que percorreu este ano mais de 7 mil quilômetros pela América do Sul, em três meses e 15 dias.
Para o psicólogo, psicoterapeuta e coordenador da Faculdade de Psicologia do Ibes/Sociesc, Antonio Gomes da Rosa, pessoas que se submetem à prática de esportes mais radicais ou alternativos, como o cicloturismo, normalmente são mais competitivas. Durante a viagem, em cada etapa vencida, o corpo e a mente produzem sensações que variam da liberdade extrema até a superação de si mesmos. Para o cicloturista, desbravar o novo e contar com o inusitado garantem momentos de prazer, satisfação e poder. E aí, vai encarar?
Preparação (anexo)
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12090.
Editoria: Geral.
Página: 18.
Jornalista: Morgana Michels.