Documento contra as mudanças

Um documento será enviado à Secretaria de Estado da Educação e ao Ministério Público de Santa Catarina, pedindo para que a implantação do ensino fundamental de 9 anos na rede estadual seja revisto.

O assunto foi debatido, ontem, numa audiência pública, em Florianópolis, que não encheu nem um terço do auditório para 500 pessoas.

Cerca de 100 professores e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) mostraram-se contra a maneira como o novo modelo de ensino foi adotado pelo Estado. Desde 2007, a transição do sistema de oito para nove anos está sendo feita. À medida que um foi sendo implantado, o outro foi sendo extinto. Passados três anos, a rede estadual está com os quatro primeiros anos do novo sistema e deixou de ter os quatro primeiros anos do modelo antigo.

Para isso, a secretaria da Educação orientou as escolas a aprovarem automaticamente os estudantes matriculados no antigo modelo. Os alunos que, em 2010, cursaram a 5ª série, passarão de ano, mesmo que não tenham atingido as médias. De acordo com a secretaria, esses estudantes teriam aulas de reforço no contraturno. O sindicato orientou que os professores avaliem os alunos da 5ª série da mesma maneira como fariam com outros. Uma maneira de provar que eles foram obrigados a passar os estudantes, que não alcançaram as médias.

No documento, os educadores também se colocaram contrários à municipalização do ensino.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9014.
Editoria: Geral.
Página: 20.