O governo não cumpriu a totalidade as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstas para acabar este ano, conforme admitiu, ontem, a coordenadora do programa e futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Segundo Miriam, 18% dos projetos previstos para serem entregues em 2010 ficarão para os próximos anos, o que representa um total de R$ 97,8 bilhões – os 82% finalizados somaram R$ 444 bilhões.
O valor total do PAC para o período de 2007 a 2010 representava R$ 657,4 bilhões, mas, em função do cronograma de obras, nem todos os projetos tinham como referência terminar este ano.
A expectativa era de que uma fatia de 17,6% de obras, que incluem usinas do Rio Madeira e refinarias do Nordeste, por exemplo, terminassem nos anos seguintes.
Durante o balanço dos quatro anos do PAC, o governo enfatizou que do total de ações previstas, excluindo-se saneamento e habitação, 62% estavam concluídas ao final de outubro. Uma fatia de 30% estava em operação em um ritmo considerado "adequado" e 6% em estado de "atenção". O governo classificou 2% das ações como "preocupantes".
A oposição reagiu aos números. apresentados ontem. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que o governo "maquiou" os dados.
– Demonstra que o governo sempre foi espetaculoso ao anunciar e medíocre ao executar. É um governo competente no anúncio e incompetente na execução – afirmou.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9016.
Editoria: Política.
Página: 10.
