O governador Raimundo Colombo anunciou, ontem, que está investindo em um projeto de reformulação das construções em áreas de risco, obras de engenharia hidráulica e no fortalecimento da Defesa Civil para prevenir novas enchentes. O governo contratou a Japan International Cooperation Agency (Jica) para realizar o projeto técnico, que será concluído em maio.
Governador Raimundo Colombo anunciou que serão feitas obras hidráulicas para evitar o transbordamento de rios, além de investimentos na Defesa Civil e maior controle na ocupação das áreas de risco.
Ele prevê um novo plano para as habitações em áreas de risco. Além disso, a agência fará estudos para a construção de grandes reservatórios. O objetivo é conter o curso natural dos rios e evitar os alagamentos de ruas e casas no Rio Itajaí-Açu e, posteriormente, no Rio Araraguá.
A catástrofe de 2008 foi muito grave. Mas a prefeitura de Blumenau, em parceria com outros municípios, atuam no remanejamento das vítimas. Vamos reformular o modelo de construção em áreas de risco. Além disso, o clima mudou muito e queremos investir em tecnologia.
Em relação às obras hidráulicas, o major da Defesa Civil Emerson Emerim, afirma que as ações vão reduzir os riscos de inundações. Ele aponta quatro projetos prioritários: aumento da capacidade de armazenamento de água nas barragens de Taió, Ituporanga e José Boitex; construção de lagoas de retardamento de água, criação de um canal extravasor e a utilização dos reservatórios de água do cultivo do arroz.
– Os japoneses já estão trabalhando há um ano, principalmente na região do Alto Vale do Itajaí – disse o major Emerson.
O major explica que com o aumento da capacidade das barragens, será possível controlar o curso do Rio Itajaí-Açu e evitar novas enchentes, principalmente, em Gaspar e Ilhota. As três barragens foram construídas para atuarem na prevenção de enchentes nas cidades de Blumenau, Gaspar, Ilhota, Itajaí, Indaial, Ituporanga, Aurora, Rio do Sul, Taió, Rio do Oeste, Laurentino, Lontras, José Boiteux, Lontras, Presidente Getúlio, Ibirama, Apiúna e Ascurra.
– Nessa enxurrada, Taió cumpriu com seu papel. Mas o grande volume de chuva fez com que ela transbordasse. Se aumentarmos em dois ou três metros a altura, já conseguimos aumentar o volume de água armazenado – disse o major.
Já a construção de lagoas de retardamento nas margens dos rios, visam o armazenamento temporário da água da chuva.
– Poderemos soltar a água de forma controlada e ganhar tempo até que a chuva pare – afirma o major.
Outra ação do governo será a criação da Secretaria Estadual da Defesa Civil, que terá orçamento maior. O governador estará amanhã em Brasília, onde terá uma reunião com a presidente Dilma Rousseff para tratar da liberação de recursos para as cidades atingidas.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9061.
Editoria: Reportagem Especial.
Página: 24
Jornalista: Dayane Nunes.