Entrevista: Major Emerson Neri Emerim – Gerente de prevenção de desastres da Defesa Civil de SC
DC – Até quando vai o alerta da Defesa Civil no Estado?
Major Emerson Emerim – Até que o sol volte a prevalecer nas regiões catarinenses. Enquanto isso não acontecer por pelo menos duas semanas seguidas, a Defesa Civil permanece em alerta. O solo está muito fragilizado, principalmente próximo ao litoral e no Vale e Alto Vale.
DC – A Defesa Civil tem recursos para atender a demanda?
Emerim – Nós somos o único departamento da federação que possui um fundo estadual. Arrecadamos, por ano, 2% das taxas de segurança pública, o que resulta, em média, de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões. Mas, às vezes, precisamos buscar recursos no governo federal, como foi agora. Recebemos R$ 30 milhões para atender uma das quatro ações da Defesa Civil, que é prestar socorro e assistência às vítimas, além de fazer reabilitações dos serviços essenciais e infraestrutura. Temos ainda ações de prevenção, preparação e reconstrução, que exigem muito mais recursos.
DC – Precisam de ajuda?
Emerim – Não. Tudo está sob controle. Aproveitamos muitos donativos que foram encaminhados pela Cruz Vermelha e Legião da Boa Vontade, que iriam para o Rio de Janeiro, mas não foi mais necessário.
DC – O que está acontecendo hoje é um pré-2008, quando 135 pessoas morreram e cerca de 80 mil perderam suas casas por causa das enchentes?
Emerim – Não. A situação agora é bem diferente. Em 2008, choveu três meses seguidos antes de acontecer aquela tragédia. Este ano, além de estarmos em outra estação, está chovendo há pouco mais de um mês. Naquela vez foi bem pior.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9082.
Editoria: Geral.
Página: 25.