RIO DE JANEIRO – O Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou 2010 com crescimento de 7,5 % em relação ao ano anterior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o maior índice desde 1986, quando a economia teve mesma expansão.
Em valores correntes, o PIB ficou em R$ 3,67 trilhões no ano. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE.
A expansão de 7,5% da economia brasileira em 2010, a maior em 24 anos, foi impulsionada principalmente pelo crescimento da demanda interna, que teve alta de 10,3% no ano. De acordo com o coordenador de Contas Nacionais do IBGE, Roberto Olinto, o consumo das famílias – que aumentou 7% em relação a 2009, no sétimo ano consecutivo de elevação – respondeu por 60% do PIB.
Segundo ele, a expansão do emprego e da massa salarial vem estimulando o aumento contínuo do consumo das famílias, nos últimos sete anos.
Olinto também destacou que os investimentos, com alta de 21,8%, também tiveram papel importante no crescimento da economia no ano passado, principalmente com expansão do setor de máquinas e equipamentos, que teve elevação de 30,5%.
– Quem foi um fator notável na formação de capital foi (o setor de) máquinas e equipamentos e, se subentende que há possibilidade de aumento de capacidade produtiva e uma visão de atendimento de demanda futura – explicou.
Crise financeira internacional influenciou índice
O resultado do PIB em 2010 também foi influenciado pela baixa base de comparação em 2009, quando a economia registrou queda de 0,6%, ainda em função da crise financeira internacional.
Já o setor externo, que inclui as exportações e importações de bens e serviços, contribuiu negativamente, com -2,8%, para o PIB do ano.
Em 2009, o panorama foi diferente, já que a demanda interna havia exercido efeito negativo sobre o PIB, contribuindo com -0,8%, enquanto o setor externo havia respondido por 0,2% do resultado.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12156.
Editoria: Economia.
Página: 7.