O agronegócio catarinense só não migrou com mais intensidade para o Centro do país, onde está o forte da produção de insumos, como milho, e com maior logística de escoamento, porque Santa Catarina tem uma condição sanitária única no Brasil. A afirmação é do presidente da Companhia Integrada Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc), Enori Barbieri.
– Os portos catarinenses também têm peso para a manutenção do setor no Estado, pois temos facilidades marítimas acima da média. Mas faltam condições de infraestrutura, tanto para escoar a produção quanto para importar milho – avalia Barbieri.
Santa Catarina importa entre 2 e 3 milhões de toneladas de grãos e o modelo de agricultura familiar baseadas em pequenas propriedades não torna a produção do grão viável.
As rodovias desgastadas encarecem o frete e tiram competitividade da agroindústria catarinense.
– Nossa sorte é que nenhum outro Estado trabalhou para chegar ao nível de sanidade de Santa Catarina. Mas isso ainda vai acontecer e aí perderemos nosso grande trunfo – alerta Barbieri.
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9107.
Editoria: Economia.
Página: 22.