O ambientalista Lauro Bacca defende que o desassoreamento do Rio dos Cedros é uma medida paliativa e que, isolada, não vai resolver os problemas de enchentes na região central do município:
– Na maioria dos casos, os desassoreamentos são feitos de forma inadequada, sem outras medidas importantes por trás. De nada adianta mexer no rio se a ocupação da terra continuar errada, se o rio receber aterros.
Mas o engenheiro geotécnico Paulo Ricardo Rogério acredita que sim, o desassoreamento pode contribuir:
– Com a calha do rio maior, haverá mais espaço para a água e as ocorrências diminuirão.
Ele também aponta que a retirada de lixo e a plantação de grama na encosta do rio são importantes. Para conter os desbarrancamentos, geralmente provocados por cortes irregulares, Rogério também indica, como solução a médio e longo prazos, plantar grama nas encostas já deslizadas. O engenheiro é defensor da planta Vetiver, usada na engenharia em todo o mundo:
– Essa planta cresce em profundidade e serve como muro natural. Em até um ano, ela começa a dar as primeiras respostas. E custa bem menos que um muro de concreto.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12165.
Editoria: Geral.
Página: 11.
Jornalista: Priscila Sell (priscila.sell@santa.com.br).