Para a Fatma, não falta água mas sim gestão

Para o presidente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Murilo Flores, a gestão dos recursos hídricos é a solução para a possível escassez da água em Santa Catarina.

Segundo ele, o problema dos municípios catarinenses são os poços artesianos porque não existe um plano de reabastecimento nas áreas coletoras de água para o lençol freático, as áreas chamadas de recarga.

– Não existe falta de água. O que falta é gerência – disse Flores, que adiantou que a secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável está fazendo um mapeamento hidrogeológico no Estado.

– Como temos os índices de chuva e pluviométrico, juntaremos os dois estudos. Não existe uma estratégia para aproveitar a abundância do volume dos nossos mananciais. Em 2011 poderemos associar o regime pluviométrico do Estado com a hidrogeologia. Este mapeamento é para saber onde são as áreas de recarga, onde as águas estão sendo desperdiçadas e de que forma podemos ter um uso maior reabastecendo a fonte.

Em Nova Trento, o diretor do Samae, Carlos Tarcisio Basttisti, disse que está sendo realizado um projeto para um poço artesiano com águas de nascentes.

Em Itaiópolis, o diretor da regional Norte e Nordeste da Companhia Catarinense de Água e Sanemaento (Casan), Adelor Vieira, a cidade trabalha em busca de novos mananciais e para aumentar a vazão do sistema atual. A população terá água por pelo menos mais cinco ou seis anos no sistema atual, de acordo com Vieira.

– Nesse tempo, Itaiópolis vai preparar o seu Plano Municipal de Água e Esgoto, que vai detalhar tudo o que precisa ser feito, como buscar água de outros locais, o que uma melhoria do sistema poderia resolver, entre outros pontos – explica o diretor da Casan.

A elaboração do plano estaria em fase inicial.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9117.
Editoria: Reportagem Especial.
Página: 4.