A votação da reforma do Código Florestal na Câmara foi adiada mais uma vez, para a próxima terça-feira. A decisão foi tomada depois de mais uma longa reunião de líderes governistas com três ministros de Estado, o representante de Antonio Palocci (Casa Civil) e o relator da reforma, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
A divisão da base de apoio de Dilma Rousseff ficou evidente depois da falta de consenso em torno da proposta fechada pela presidente. Ganhou-se tempo para uma nova tentativa de acordo. "Creio num esforço para alcançar um entendimento que permita a unificação do governo com a sua base", disse o relator à noite. A disputa entre ambientalistas e ruralistas, que marcou o debate, permanece, embora restrita a um número menor de questões. "Este é um tema que não pode ter vencidos nem vencedores. Estamos construindo um acordo", resumiu o ministro Luiz Sérgio, das Relações Institucionais.
São dois os maiores obstáculos para se chegar a um acordo. O primeiro diz respeito à dispensa de recompor a área de vegetação nativa em um porcentual que varia de 20% a 80% das propriedades rurais. Outro ponto é o tratamento a ser concedido às áreas de preservação permanente às margens dos rios mais largos que já têm atividades agrícolas.
Veículo: Jornal A Notícia.
Edição:
Editoria: AN País.
Página: 21