SC em último lugar no ranking

FLORIANÓPOLIS – Santa Catarina é o Estado que possui menor número de pessoas recebendo até R$ 70 por mês, proporcionalmente à população. É o que indicaram os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Seria uma boa notícia, caso as informações do IBGE não apontassem que estão na linha da miséria 16,2 milhões de brasileiros 59% deles no Nordeste , e 102,6 mil catarinenses.

Nos dados preliminares sobre SC, Lages apareceu com a maior quantidade de domicílios particulares onde a renda por pessoa não ultrapassa os R$ 70, em números absolutos, sem levar em conta o tamanho da população. Dos 11.926 lares catarinenses na linha da extrema pobreza – com média de 8,6 habitantes por casa -, Lages concentra 461. A cidade é seguida por Joinville, com 301, e Chapecó, com 263. Em Blumenau, a arrecadação por integrante da família não passa de R$ 70 em 96 casas, sendo 86 na área urbana e 10 na rural.

Com base em dados técnicos, o governo considera pobreza a renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até R$ 140 e extrema pobreza de até R$ 70.

Bolsa ajuda famílias em extrema pobreza

O governo federal lançou, no início deste mês, o programa Brasil sem miséria, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O programa prevê o acesso de quem recebe até R$ 70 a água, luz, saúde, educação e moradia. Entre as medidas que estão sendo implantadas em SC, segundo o secretário estadual de Assistência Social, Trabalho e Educação, Serafim Venzon, estão a distribuição de alimentos, comprados de pequenos produtores e a construção de, pelo menos, 200 mil casas populares.

Atualmente, 139,5 mil famílias catarinenses são contempladas pelo Bolsa Família, segundo o ministério, que pode variar de R$ 32 a R$ 242.

O cálculo do benefício leva em consideração o perfil econômico e a existência de crianças e adolescentes. A família com renda entre R$ 70 e R$ 140 recebe apenas os valores referentes aos filhos.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12242.
Editoria: Economia.
Página: 16.