Vamos construir uma agenda em Brasília para discutir a Furb

Aumentar a pressão política para que, de fato, a Furb possa ser incorporada à nova universidade federal a ser criada em Blumenau. Este deve ser o próximo passo a ser seguido e defendido pela entidade e pelas lideranças do Vale. O reitor da Furb, João Natel, está otimista. Defende que a Furb pode dar uma resposta rápida ao desejo do Ministério da Educação (MEC) em expandir rapidamente o Ensino Superior. Hoje, segundo Natel, a Furb tem uma estrutura consolidada. Uma nova universidade começaria do zero e só poderia dar resultado dentro de três a cinco anos.

Jornal de Santa Catarina – A partir da confirmação de que Blumenau ganhará uma universidade federal, o que acontecerá a partir de agora?

João Natel – Dia 16, a presidente deve anunciar a criação desta nova universidade. A partir daí, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir uma comissão para analisar cada indicação. Após o anúncio, vamos construir uma agenda em Brasília, com o governo federal e com deputados da região, para discutir o assunto. Acredito que terça-feira a presidente não deva mencionar nada a respeito da Furb.

Santa – Neste momento, então, o mais determinante será a pressão política?

Natel – Desde que a presidente esteve em Blumenau, em junho, já houve uma forte ação política. Naquela ocasião, a Furb Federal foi uma das reivindicações do Vale. E dois meses depois já obtivemos o anúncio da criação de uma universidade federal em Blumenau. Agora precisamos de uma forte articulação para que a incorporação da Furb seja concretizada.

Santa – Quais os principais argumentos para defender a incorporação da Furb?

Natel – A Furb já tem uma estrutura consolidada, com 47 anos de existência, e conta com 11 mil alunos na graduação. A atual estrutura da Furb permite chegar a 20 mil alunos. E isso vai ao encontro do que o MEC quer, que é expandir o Ensino Superior em 30% dos jovens até 2020. Precisamos mostrar que a Furb é o caminho mais curto para esta expansão do ensino no Vale do Itajaí. Se uma nova universidade for criada e começar do zero, os benefícios poderão ser colhidos no prazo médio de três a cinco anos. Portanto, a Furb dá a resposta rápida que o MEC quer.

Santa – Há como prever prazos para que efetivamente a incorporação ocorra?

Natel – Não. Dentro de um mês a Furb vai entregar o projeto completo de incorporação ao MEC, que vai analisar a viabilidade do estudo. Paralelamente, temos que esperar a tramitação do projeto de criação de uma universidade do Vale do Itajaí, no Congresso. Tudo isso aprovado, começaria o processo de transição da universidade municipal para a universidade federal. Estes são passos burocráticos. Não dá para prever.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12294.
Editoria: Política.
Página: 4.