Serviços suspensos

BUMENAU – Os serviços de entrega rápida dos Correios, como Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque Coleta, estão suspensos temporariamente em razão da greve dos funcionários da estatal. Em Blumenau, segundo o sindicato da categoria, um grupo de 60 funcionários aderiu ao movimento. Ontem à tarde, os servidores de Santa Catarina decidiram em assembleia na Praça XV de Novembro, em Florianópolis, pela manutenção da paralisação. A greve é por tempo indeterminado e não há garantia de que as encomendas serão entregues, já que os carteiros estão em greve. Segundo o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, a entrega de cartas e encomendas comuns continuará sendo feita, mas poderá haver atrasos.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC), Hélio Samuel de Medeiros, a maior parte das agências dos Correios do Estado deve funcionar com a suspensão de alguns dos serviços.

– Nós pedimos à população que cobre um posicionamento da empresa, pois estamos negociando desde junho e até agora nossas reivindicações não foram atendidas – disse Medeiros.

De acordo com a empresa, ontem, em todo o país, dos 108 mil funcionários dos Correios, 35% aderiram à paralisação. Entre os carteiros, 60% estão parados. Segundo Pinheiro, os funcionários que estão em greve terão o ponto cortado.

Em Blumenau, o grupo de funcionários se reuniu no início da manhã de ontem em frente à agência dos Correios na Rua Ângelo Dias, no Centro. À tarde, foram até a Catedral São Paulo Apóstolo. O representante do sindicato dos trabalhadores no Estado, Clóvis da Costa Dias, calcula que dos 60 funcionários em greve no município, 55 são carteiros e o restante é da área administrativa.

A greve dos Correios começou à meia-noite de terça-feira. Em SC, dos 4 mil funcionários, 1,6 mil aderiram ao movimento neste primeiro dia de paralisação. A categoria pede reajuste de 24% referente a perdas históricas mais 6,87% referentes à inflação. (Veja a tabela)

A empresa apresentou proposta de reajuste salarial de 6,87%, relativo à inflação entre julho de 2010 e agosto de 2011, entre outros benefícios. Com o início da greve, a oferta foi retirada. O presidente dos Correios disse ontem que a proposta apresentada foi o limite orçamentário do que poderia ser oferecido pela estatal e que a diretoria da empresa ainda está analisando se vai entrar na Justiça contra a paralisação dos trabalhadores.

– Enquanto a greve persistir, não haverá mais negociação. Retiramos a proposta e só voltamos a negociar com a suspensão da greve – afirma.

Data: 15 de setembro de 2011
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12363
Editoria: Economia

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