BLUMENAU – O pico da enchente registrada em setembro foi de 12,80 metros, e não 12,60 metros, como anunciado até agora. A diferença de 20 centímetros foi acrescentada pelo Centro de Operação do Sistema de Alerta (Ceops), que monitora a Bacia do Rio Itajaí-Açu. A explicação é que a régua, instalada na cabeceira da Ponte Adolfo Konder, no Centro, está acima da referência topográfica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que segue o nível do mar. Segundo o engenheiro hidrólogo do Ceops, Ademar Cordeiro, o acréscimo ocorreu em todas as enchentes anteriores:
– A régua foi instalada com esta diferença e, por isso, acrescentamos o valor para que seja igualado ao oficial, que é a referência do IBGE.
A inundação do começo de setembro atingiu 394 ruas da cidade. Com o novo pico, registrado às 12h do dia 9, a enchente deste mês se igualou à de 1992. Naquele ano, o ponto máximo da cheia do Itajaí-Açu ocorreu no dia 30 de maio, às 20h, atingindo Blumenau e toda a região do Vale do Itajaí.
Cordeiro informou que o Ceops vai solicitar que a instalação da nova régua de medição – a anterior foi levada pela correnteza na enchente – seja feita dentro da referência topográfica do IBGE, o que dispensará o acréscimo de 20 centímetros. O novo equipamento depende da reconstrução da cabeceira da ponte.
Segundo o secretário de Obras, Alexandre Brollo, o projeto de recuperação do local será entregue até quarta-feira. A partir disso, será feito o processo de licitação, que deve durar 30 dias. A empresa a ser contratada terá 60 dias para concluir a obra, ao custo de R$ 500 mil.
– Será reconstruída esta cabeceira e a outra que caiu em 2008. Acredito que, dependendo do tempo, tudo fique pronto entre dezembro e janeiro de 2012 – explicou Brollo.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12332.
Editoria: Geral
Página: 11.