RIO – O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, disse, ontem, ser favorável à volta da Contribuição sobre Movimentação Financeira (CPMF) para financiar a saúde. Cabral, que esteve reunido com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu um financiamento próprio para o setor de saúde, assim como existe para a educação.
– Foi uma covardia a extinção da CPMF. Fez muito mal, não ao governo do (ex) presidente Lula, mas ao povo brasileiro – afirmou Cabral.
Ele disse que assinará a carta que está sendo preparada por governadores em apoio ao retorno da CPMF.
– Claro que assino. Acho fundamental esse financiamento à saúde – afirmou.
O governador argumentou que não é possível financiar a saúde somente com os atuais recursos arrecadados pelo governo.
PAC e programa habitacional exigem mais recursos públicos
Segundo Cabral, investimentos como do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do programa Minha Casa Minha Vida têm exigido mais recursos públicos.
– O governo brasileiro tem o papel, junto com os governos estaduais e municipais, de alavancadores da economia brasileira – afirmou.
Cabral disse também que não se pode sacrificar a meta de superávit primário para aumentar os gastos da saúde:
– O governo brasileiro tem tido a preocupação com a macropolítica-econômica para garantir estabilidade inflacionária e garantir o crescimento. Quando se fala em superávit primário, não é um palavrão, é um sinônimo de responsabilidade fiscal.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12315.
Editoria: Política.
Página: 5.