Projeto japonês contra as cheias

A Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) desenvolveu um projeto com medidas para reduzir os efeitos das chuvas na região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

O projeto tem custo estimado em R$ 2 bilhões e foi apresentado ao secretário de Defesa Civil, Geraldo Althoff, e ao governador Raimundo Colombo em setembro passado, quando os japoneses estiveram no Estado. De acordo com a equipe da Jica, os trabalhos da primeira etapa devem ser feitos em quatro anos.

A etapa inicial do projeto foi autorizada pelo governador e vai custar R$ 200 milhões. Desse total, R$ 160 milhões são da Jica, R$ 28 milhões serão liberados pelo governo federal e R$ 32 milhões serão a contrapartida do governo estadual.

Nessa fase, o nível das barragens dos municípios de Ituporanga e de Taió, no Alto Vale do Itajaí, será aumentado, no mínimo, em dois metros e será alterado o plano de operação da barragem de José Boiteux.

Para armazenar e controlar a intensidade da água, serão aumentadas as taipas (paredes ou muros) das arrozeiras e construídas duas comportas no rio Itajaí-Mirim, próximas ao município de Itajaí. Também será formulado o plano de monitoramento e alerta para escorregamentos e inundações na região do Vale do Itajaí.

Projeto ficou no papel por falta de dinheiro

Essa é a segunda vez que a agência japonesa apresenta a Santa Catarina um projeto semelhante, a pedido da administração estadual. Por falta de recursos públicos, as medidas nunca saíram do papel.

Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9332.
Editoria: Política.
Página: 14.