O mundo chega hoje à marca dos 7 bilhões de habitantes segundo a projeção da Organização das Nações Unidas (ONU). Para reunir todo mundo no planeta, em pé, seria necessário o território de mais de três Ilhas de Santa Catarina juntas – contando-se com as áreas alagadas e os morros. A população catarinense representa cerca de 0,08% da estimativa do mundo. Mas o Estado ajuda nessa conta de crescimento constante. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), SC cresce, por ano, em população, 1,55%.
O crescimento está acima da média nacional, de 1,17%. Só hoje, serão vários catarinenses que ajudarão a arredondar o número da população mundial. Um exemplo é a pequena Maria Eduarda, que deverá nascer às 13h, como programou a mãe Lucienne Goedert.
– O meu sonho era que ela nascesse em outubro, que era o mês do meu aniversário. E deu certo. O médico examinou e disse que o dia 31 seria a data ideal para ela nascer – conta a mãe.
A família sabe que a criança enfrentará alguns problemas.
– Assusta porque não dá mais para andar por todos os lugares, como fazia antes – complementa o pai, Alexandre Goedert.
A mamãe de primeira viagem Juliana Schneider também não sabia que Mariana seria integrante do grupo da casa dos 7 bilhões. Ela se espanta com o crescimento populacional de SC e, principalmente, de Florianópolis.
– Ela vai ter dificuldade no mercado de trabalho, de locomoção, de concorrência, ela vai ter que nascer já bem esperta para viver por aqui – destaca.
Preocupação com o futuro das crianças
A pequena Mariana também não poderá brincar sozinha na rua e terá de andar com carro com vidro fechado, caso a violência continue a crescer. Isso sem falar do possível racionamento de água potável e do mar mais poluído que deverá enfrentar, como calcula a mãe. Mas, a menina que deverá nascer hoje, às 15h, também tem sorte de morar em uma pedacinho generoso do planeta.
– Aqui (em SC) ainda tem muita beleza natural, bastante praia e um céu muito bonito – considera Juliana.
Juliana acredita que, mesmo com tantas coisas ruins acontecendo, o mundo está se enchendo também de novidades boas.
– Ela vai encontrar bastante gente legal, vai se acostumar com tantas novas estruturas de família, que não existiam antes. Para as coisas ruins, acho que vai encontrar saída, a gente vai melhorar, sou otimista – diz.
E Santa Catarina? (anexo).
Veículo: Jornal Diário Catarinense.
Edição: 9342.
Editoria: Geral.
Página: 20.
Jornalista: Gabrielle Bittelbrun (gabrielle.bittelbrun@diario.com.br).