A assinatura, na segunda-feira passada, de um contrato entre a Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi) e a empresa alemã Umwelt GmbH para o desenvolvimento de um projeto executivo para implantação de uma usina de biometanização no Médio Vale é um fato histórico para a região. Com esta usina, os resíduos sólidos gerados por aqui poderão ser tratados da melhor forma e a sua fração orgânica poderá ser aproveitada energeticamente.
A biometanização foi indicada como a melhor maneira de processar o lixo da região por um estudo técnico encomendado pela Ammvi. O tratamento consiste na geração de biogás a partir da decomposição dos resíduos, que pode servir para a geração de energia elétrica ou abastecer veículos automotivos.
Essa iniciativa é pioneira no Brasil. Por isso, representantes da entidade foram à Europa no ano passado para conhecer experiências bem-sucedidas na Espanha, Alemanha e Suécia. A busca por um processo inovador como este demonstra o quão engajados na luta pela melhoria de vida no Médio Vale a Ammvi e os prefeitos estão.
Vale destacar também a integração regional para que esta iniciativa fosse possível. Não houve empecilho na hora de decidir como tudo aconteceria. Os prefeitos chegaram a um consenso e isso alavancou os trabalhos de preparação e execução da viagem – que culminou com a proposta apresentada pelos alemães.
A assinatura do termo para a elaboração deste projeto executivo é apenas o começo de um trabalho maior, que terminará com a região sendo sustentável e referência nacional neste quesito. Este é apenas mais um passo desta região, que mesmo com as intempéries que têm enfrentado, reergue-se cada vez mais forte no coração de Santa Catarina.
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12455
Editoria: Artigo
Página: 2