BLUMENAU – As 16 estações de telemetria do Vale do Itajaí, que medem a quantidade de chuva e o nível dos rios, voltaram a funcionar e a emitir dados à central de monitoramento do Centro de Operação do Sistema de Alerta (Ceops), da Furb. Desde junho, as estações apresentavam problemas com a conexão via telefone celular, que enviava os dados medidos pelos sensores aos computadores dos técnicos do Ceops.
Segundo o engenheiro hidrólogo da Furb, Ademar Cordero, o problema foi solucionado na semana passada, quando um dos técnicos de computação da universidade detectou a falha no software utilizado para gerenciar as estações. Desde o ano passado, o Ceops buscava recursos para assinar um sistema de transmissão via satélite que substituiria o sistema via celular. Com a solução do problema, a alternativa foi descartada.
Outras nove estações, implantadas no Distrito do Garcia e nos bairros Velha, Itoupava Central e Fortaleza, em Blumenau, e que apresentavam falha na conexão, também operam normalmente. Os dados são atualizados a cada 10 minutos e podem ser acompanhados no site do ceops (ceops.furb.br).
A Agência Nacional de Águas (ANA) também concluiu a implantação de nove estações de telemetria, instaladas em Blumenau, Brusque, Vidal Ramos, Ituporanga, Rio do Sul, Apiúna, Timbó e Taió. O custo do serviço foi de R$ 300 mil. Os dados serão monitorados pelo governo federal.
Estudos feitos pelos técnicos do Ceops apontam que a enchente do dia 9 de setembro, quando o Rio Itajaí-Açu atingiu 12,80 metros no Centro de Blumenau, foi maior na região Norte do município. Por causa disso, uma nova estação de telemetria deve ser implantada na região a fim de antecipar os alertas de enchentes.
Nova estação será instalada no Ribeirão do Testo
Os pesquisadores vão revisitar na próxima semana o Ribeirão do Testo, localizado entre os bairros Badenfurt e Testo Salto, para definir o local exato da instalação dos aparelhos.
– Percebemos que a enchente começa lá, antes de alcançar o Centro. A calha do rio no Centro é bem mais baixa e as alterações no ribeirão são indicativos importantes para ajudar nos cálculos de previsão da enchente – explica Cordero.
Data: 8 de março de 2012
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12472
Editoria: Geral
Página: 22
Jornalista: Cristian Weiss