FLORIANÓPOLIS – A expectativa da Secretaria de Estado da Educação é que seja baixa a adesão à greve do magistério da rede estadual, marcada para começar na próxima segunda-feira. Enquanto isso, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) trabalha para mobilizar a categoria.
A coordenadora Regional do Sinte em Blumenau, Silvia Lindner, foi a Florianópolis ontem para conversar com representantes do Sinte estadual. Hoje, uma reunião em Blumenau, em local a ser definido, deve repassar aos professores informações de como o movimento vai agir na região.
Segundo o secretário de Educação, Eduardo Deschamps, uma orientação foi enviada aos diretores dos colégios, pedindo para que as escolas sigam funcionando normalmente. Também foi solicitado o lançamento das faltas. Além disso, para as turmas que estiverem sem professores, serão providenciadas outras atividades para os alunos. Para Deschamps, o estudante não pode ser prejudicado novamente – no ano passado, 60% dos 380 mil alunos da rede tiveram prejuízos com a greve:
– Nossa expectativa é que a adesão (à greve) não seja elevada, porque estamos explicando os ganhos que já foram obtidos pelo magistério ao longo desses meses.
Deschamps voltou a afirmar que não haverá reunião com o Sinte antes de segunda-feira e que as negociações só serão retomadas com o fim da greve.
Sindicato pede que as negociações continuem
A coordenadora do Sinte, Alvete Bedin, informou que seria protocolado ontem o ofício pedindo ao secretário de Educação a continuação das negociações. A categoria pede que o reajuste de 22% dado ao piso nacional do magistério, em fevereiro, seja repassado a todos os professores já neste ano, sem parcelamento, como foi sugerido pelo Estado.
Segunda-feira, as regionais do sindicato irão fazer assembleias para organizar o movimento e explicar aos pais e aos alunos os motivos da paralisação, que é por tempo indeterminado.
Data: 19 de abril de 2012
Veículo: Jornal de Santa Catarina
Edição: 12508
Editoria: Geral
Página: 20
