Economia como palavra de ordem

Diante da brusca queda da arrecadação do Estado e da consequente redução na margem de investimento do governo, Raimundo Colombo vai aproveitar a reunião de hoje do Colegiado, em Lages, para anunciar medidas de contenção de gastos da máquina pública, com destaque para o corte em diárias, limitação na contratação de serviços de terceiros e redução de despesas no custeio.

O governador também vai apertar os cintos ao restringir o preenchimento de cargos de comissão, mesmo que vagos; viagens de secretários e colaboradores dos diversos escalões; e iniciativas que impliquem em onerar os cofres do Tesouro. O enxugamento da estrutura do Estado não ficará de fora da ofensiva: entre as providências, fusão das duas agências reguladoras, extinção da Cohab, Codesc e Bescor.

Colombo até gostaria de passar a tesoura em boa parte das secretarias regionais, mas não identifica clima político para esse encaminhamento, já que provocaria uma forte reação de setores do PMDB, a começar pela corrente liderada pelo senador Luiz Henrique da Silveira, a quem o governador devota gratidão pelas suas duas últimas eleições.

O convencimento de Raimundo Colombo é de que os ajustes no tamanho do Estado, com o fim das 36 SDRs, e a redução no número de secretarias centrais, só será possível de implementação no início de um segundo mandato, onde talvez o pessedista já não estará mais aliado ao PMDB.

As secretarias regionais não serão objeto da reunião de hoje na Serra. 

Data: 4 de junho de 2012
Veículo: A Notícia
Edição: 1513
Coluna: Canal Aberto
Página: Contracapa
Jornalista: Cláudio Prisco

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