Estudos epidemiológicos podem ajudar na prevenção da gripe A

A concentração dos casos de gripe A no Vale do Itajaí ainda é cercada de dúvidas e hipóteses não confirmadas. Apesar dos números divulgados pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado comprovarem o aumento dos casos na região, especialistas ouvidos pelo Santa afirmam que ainda é cedo para explicar porque os municípios do Vale estão mais suscetíveis ao vírus H1N1.

A médica infectologista Silvia Cristina Carvalho Flôres reconhece que o trabalho da Dive é atuante no Estado, quanto ao acompanhamento dos registros. Porém, ela defende que não se pode afirmar que os índices menores de gripe A nos estados vizinhos é resultado de uma fiscalização menos eficaz. Ao mesmo tempo, a médica diz que não há estudos conclusivos sobre as características do H1N1 no Estado que comprovem, por exemplo, que o vírus sofreu alguma alteração na região.

Vírus H1N1 tem sido mais agressivo no Vale do que em outras regiões

Para o diretor de Vigilância em Saúde de Blumenau, Eduardo Edir Weise, já é possível constatar que o vírus H1N1 tem se apresentado de forma mais agressiva no Vale do Itajaí do que em outras regiões. No entanto, Weise reforça que somente estudos epidemiológicos podem detalhar as causas desse cenário:

– Certamente, devido ao grande número de notificações, o assunto será analisado. E esses dados serão importantes para prevenir a doença.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12555.
Editoria: Geral.
Página: 12.