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Diante do número elevado de contaminações e de mortes por gripe A em Blumenau – até ontem, eram 37 casos positivos e quatro óbitos – , a prefeitura pediu formalmente ao Ministério da Saúde a liberação de aproximadamente 200 mil doses da vacina para imunizar toda a população. O pedido também foi estendido para os outros 13 municípios da regional de saúde. Apesar do ministério não ter se posicionado até o momento, a expectativa do município é que a resposta seja divulgada nos próximos dias.

Após a solicitação formal à Brasília – a prefeitura não informou ontem quando o pedido foi feito – técnicos do Ministério da Saúde solicitaram informações aos 14 municípios, como número de pessoas internadas, casos confirmados, quantos doentes estiveram em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), principais sintomas constatados e dados demográficos da população. As informações foram tabuladas e encaminhados no início desta semana.

– O pedido inicial foi feito para Blumenau, mas, com o entendimento de que a doença não tem fronteiras, a solicitação foi estendida. Para isso, temos a participação direta da Regional de Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde neste processo – explica o diretor de Vigilância em Saúde, Eduardo Edir Weise.

Segundo a secretária de Saúde de Blumenau, Juliana Rigo, o pedido de 200 mil doses para a cidade levou em conta o número de 42 mil pessoas já imunizadas na Campanha Nacional de Vacinação e 40 mil em clínicas particulares da cidade. Blumenau também já garantiu 29 mil doses para doentes crônicos. Em toda a regional de Blumenau, cerca de 91 mil pessoas foram imunizadas na Campanha Nacional de Vacinação.

Para Weise, ainda não é possível prever qual será a resposta do Ministério da Saúde. Uma possibilidade é que as doses sejam concedidas somente para novas faixas etárias. Se as vacinas forem liberadas, elas serão remanejadas dos estados em que os municípios não atingiram a meta na campanha nacional, já que as doses possuem prazo de validade e, se não forem usadas, terão de ser descartadas.

Além de prevenir o contágio pela doença, o diretor da Vigilância Epidemiológica acredita que a extensão da imunização poderia ajudar a população a se sentir mais segura e diminuir a sensação de apreensão que tem levado centenas de blumenauenses a buscar as doses em clínicas particulares. Ele reforça, porém, que mesmo com a imunização é necessário seguir os cuidados básicos de higiene, que reforçam a proteção contra o vírus H1N1.

A reportagem entrou em contato ontem com o Ministério da Saúde, mas, até o fechamento da edição, não recebeu resposta sobre a demanda apresentada pelos municípios do Vale.