A negociação entre Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Furb para implantar o ensino gratuito em Blumenau está parada desde o começo de setembro. O que ainda emperra é o impasse quanto ao modelo de parceria a ser adotado. Enquanto a universidade blumenauense defende o sistema por tutoria, com absorção do patrimônio e dos servidores pela União, a UFSC quer autonomia para selecionar alunos, escolher e planejar cursos.
Um ofício do Ministério da Educação destinado à UFSC tumultuou ainda mais a possível parceria em agosto deste ano. O documento avalizava a união entre as instituições para a criação do ensino gratuito em Blumenau, porém, conforme o termo de cooperação sugerido pela universidade da Capital. A proposta, que daria autonomia à federal para selecionar os alunos, escolher e planejar os cursos e deixaria à Furb a responsabilidade pelas despesas e o dever de oferecer infraestrutura, revoltou a comunidade acadêmica.
Grupo de trabalho prometido em agosto ainda não saiu do papel
Em setembro, o reitor da Furb, João Natel, fez um pedido de informações à UFSC sobre a proposta encaminhada ao MEC. Até agora, não recebeu resposta. O último encontro entre ele e a reitora da Capital, Roselane Neckel, foi em 29 de agosto, quando acertaram a criação de um grupo com representantes das duas instituições para discutir a parceria. Nem mesmo isto saiu do papel:
– Ainda esperamos a criação do grupo de trabalho que vai estudar o modelo para instalação de um campus da UFSC em Blumenau através da Furb – comenta Natel.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12671.
Editoria: Política.
Página: 4.
Jornalista: Raquel Vieira (raquel.vieira@santa.com.br).