A mudança no perfil dos prefeitos eleitos é evidente tanto em relação à escolaridade quanto à ocupação. No entanto, os dados do TSE referentes às profissões estão sujeitos a distorções ou falta de padronização seja porque as profissões são autodeclaradas, seja porque o tribunal agrupou ou desagregou ocupações ao longo do tempo. Somente nas últimas duas eleições, por exemplo, a categoria prefeito foi separada de outros cargos executivos, como governador, ministro e presidente da República. Desde então, é a principal ocupação no ranking, antes encabeçado pelos comerciantes.
Pouco mais de 18% dos eleitos são prefeitos, ante 24,2% em 2008. O percentual reflete a menor taxa de reeleição neste ano, 55%, em relação à última disputa, quando foi de 65,9%, de acordo com dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). No entanto, as taxas não equivalem à oscilação ocorrida. Na verdade, os números mostram que houve um aumento na quantidade de prefeitos que se declararam como tais: 67,8% dos reeleitos (1.021 dos 1.511) frente aos 59,5% (1.349 dos 2.266) de 2008.
O fato de que todo prefeito (ou outro detentor de cargo eletivo) pode ou não declarar sua profissão de origem cria uma margem de ambiguidades ou subnotificações nas informações geradas pelo TSE.
Veículo: Jornal Valor Econômico.
Edição: 3136.
Editoria: Política.
Página: A9.
Jornalista: Cristian Klein, de São Paulo.