FLORIANÓPOLIS – As três entidades que representam o Movimento Municipalista na Região Sul do país Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e Associação dos Municípios do Paraná (AMP) preparam ato conjunto para amanhã na tentativa de pressionar a presidente Dilma Rousseff a sancionar o projeto que altera os critérios de distribuição dos royalties do petróleo. A intenção do movimento é que prefeituras dos três estados façam uma paralisação amanhã As entidades esperam a participação de todas as 1.188 cidades da região. A orientação é realizar ponto facultativo para os servidores dos três estados.
Ontem, a Fecam promoveu na Assembleia Legislativa catarinense um ato favorável à sanção presidencial. Se o projeto estivesse valendo desde janeiro deste ano, os municípios do Estado já teriam recebido R$ 112 milhões a mais na comparação com 2011, alega a Fecam.
– A riqueza do petróleo é de todos nós. Portanto, os recursos devem ser distribuídos com mais justiça – expõe o presidente da entidade, Douglas Warmling.
Outro argumento da Fecam é de que, com a sanção, as prefeituras do Estado receberão R$ 237 milhões em royalties no ano que vem, o que significa quase R$ 153 milhões a mais do que foi repassado em 2011.
A presidente Dilma tem até sexta-feira para sancionar ou vetar o projeto de partilha da renda do petróleo. Há quase dois anos em discussão, o assunto voltou a esquentar após a aprovação no Congresso, gerando protestos desfavoráveis no Rio de Janeiro, segunda-feira, e favoráveis ontem, no Sul do Brasil.
Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12699.
Editoria: Economia.
Página: 7.
