Blumenau entre os melhores

Blumenau ocupa novamente o primeiro lugar do ranking de cidade mais desenvolvida do Estado, conforme o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2010, divulgado ontem. No ranking nacional – liderado pela cidade paulista de Indaiatuba -, Blumenau ocupa a 45ª posição, o que representa um avanço de seis posições em relação ao índice divulgado ano passado, com base em dados de 2009. Dos três itens avaliados para compor o IFDM, trabalho e renda foi o que garantiu ao município posição privilegiada na lista recente. Na comparação dos dois anos, houve um avanço de 10 posições. Porém, nos outros dois quesitos a cidade pouco avançou e foi ultrapassada por outros municípios mais rápidos nessa corrida. Blumenau perdeu na saúde e na educação, respectivamente, 94 e 173 posições no ranking nacional (veja tabela).

A evolução no trabalho e renda apontado pelo Índice Firjan tem feito trabalhadores como Alessandro Urban Castiglione trocar a cidade natal por Blumenau. A oportunidade de ter um salário melhor influenciou Castiglione a sair do Rio Grande do Sul e vir para o Vale do Itajaí.

– Já consegui, inclusive, ser promovido no setor em que trabalho. Aqui, o salário é bem melhor. Estou ganhando mais que minha irmã, que é formada e ficou lá – comenta o gaúcho, que agora trabalha na fiambreria do Supermercado Giassi e planeja trazer a irmã para morar em Blumenau.

Os resultados do IFDM devem ser analisados com cuidado, explica o coordenador do Sistema de Informações Gerenciais de Apoio à Decisão do Instituto Furb, Nazareno Schmoeller. Em relação a trabalho e renda, que tem coleta de informações controladas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, Schmoeller concorda que tenha ocorrido uma evolução. No entanto, o coordenador acredita que nos quesitos educação e saúde é temerário dizer se o saldo apontado pelo IFDM é bom ou ruim, já que os dados informados podem não ser fidedignos por falta de um sistema eficiente de controle. Hoje, a coleta de dados está suscetível a falhas humanas.

– A educação e a saúde estão ruins de um modo geral, não só em Blumenau, mas no Brasil inteiro – avalia Schmoeller.

O secretário da Educação, Osmar Matiola, alega que precisa de mais elementos da pesquisa para fazer uma avaliação completa do resultado.

– Em 2005, o Ideb era de 4,4 e agora, em 2011, foi de 6,1. Essa era a meta de 2017. Como a pesquisa é anterior a isso, acredito que ano que vem estaremos bem melhores – afirma.

Para o secretário da Saúde, Marcelo Lanzarin, também é difícil analisar os números sem saber quais foram os parâmetros usados para dar as notas. Ele alega que, para cada pesquisa ou índice, são levadas em consideração situações diferentes da saúde pública.

– Só com a pesquisa completa em mãos dá para saber o que melhorou ou piorou e o que podemos fazer no futuro – completa o secretário.

Veículo: Jornal de Santa Catarina.
Edição: 12703.
Editoria: Economia.
Página: 8.
Jornalista: Tatiana Santos (tatiana.santos@santa.com.br).